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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Aumento de Coroa Clínica (ACC)


Aviso Importante aos Leitores
O Blog “Saúde Periodontal, Periodontite e Gengivite” mantido pela Cirurgiã Dentista Thais Gonçalves Zillo tem como finalidade esclarecer e educar a população sobre os assuntos Odontológicos de relevante interesse da coletividade. Não visamos autopromoção ou sensacionalismo, preservando a ética e o decoro da profissão, razão pela qual não fornecemos consulta, diagnóstico ou prescrição de tratamento, tampouco emitimos opinião sobre tratamento realizado por terceiros. Destacamos que a Odontologia é uma profissão que se exerce, em benefício da saúde do ser humano e da coletividade, sendo considerada como uma ciência de meios e não de resultado, uma vez que cada paciente possui particularidades que interferem diretamente na técnica empregada pelo Cirurgião Dentista e no sucesso do tratamento executado. Dessa forma, orientamos que havendo dúvidas sobre a sua saúde bucal ou quanto ao seu tratamento odontológico, que seja consultado o seu Cirurgião Dentista.




Coroa dental é o termo técnico dado a parte do dente que fica visível na boca, sendo a raiz dental a parte que fica dentro do osso. Quando a coroa é parcial ou totalmente destruída, seja por cárie ou fratura, o Cirurgião Dentista pode expor partes do dente removendo cirurgicamente gengiva e osso alveolar. Portanto, o nome da cirurgia dá a sua definição: cirurgia de aumento de coroa clínica! O procedimento em si é feito com uso de bisturi para remoção da gengiva, cinzéis e/ou brocas para remoção de osso quando necessário e a cirurgia pode ser finalizada com suturas (pontos). Eventualmente, o Cirurgião Dentista pode cobrir a ferida com cimento cirúrgico. Podemos discutir o tópico "cimento cirúrgico" posteriormente.

Acredito que o ACC seja a rotina da maioria dos Periodontistas, pois tanto os Protesistas* como os Endodontistas** demandam muito frequentemente esse tipo de cirugia. Eventualmente os Ortodontistas*** também encaminham seus pacientes para o Periodontista melhorar o contorno gengival após o tratamento ortodôntico.

No caso dos Protesistas, a cárie ou uma fratura no dente podem ter destruído demasiadamente a coroa dental. Adicionalmente, o Protesista precisa adequar o dente danificado ao procedimento restaurador proposto e muitas vezes isso requer o desgaste de estrutura saudável. O resultado disso pode ser a perda parcial e até total da coroa dental. Na tentativa de obter um resultado natural mantendo o dente do paciente, o Protesista solicita ao periodontista o ACC. Para isso o Protesista confecciona, dentro do possível, uma restauração provisória - o famoso "provisório". O provisório serve para melhorar a condição gengival pois cárie, fraturas e trincas irritam a gengiva por acumular placa. Além disso é um "recado" para o Periodontista, que consegue entender o "desenho" da restauração final através desse "rabisco" e redefinir a anatomia periodontal de acordo com a necessidade protética. Dessa forma, provisório é provisório! Retorne sempre ao seu Cirurgião Dentista para realizar o procedimento restaurador adequado e "definitivo".

A demanda do Endodontista é muito menos exigente que do Protesista. De uma maneira geral, o Endodontista espera apenas poder isolar o dente apropriadamente, porque sem o isolamento a descontaminação do canal é praticamente impossível! Ai cabe ao Periodontista fazer seu trabalho com esmero, para manter a gengiva saudável durante tempo suficiente para terminar o tratamento de canal e iniciar a prótese. Concluído o canal, pode ser necessário novo ACC... fazer o que, né? Operar de novo! Isso não é razão para criticar o Periodontista. Após o tratamento Endodôntico, será feita uma restauração e dependendo do desenho da prótese ou restauração pode ser preciso expor ainda mais o dente.

A Ortodontia, assim como a Prótese, tem um compromisso estético no qual o Periodontista. O resultado do tratamento ortodôntico pode ser muito mais elegante com a ajuda do periodontista. Dentes perfeitamente posicionados clamam por um contorno gengival perfeito. Aí entra o Periodontista que pode dar contornos gengivais mais harmônicos, devolvendo proporções e simetrias, consequentemente, perfeição.

O ACC pode ser usado ainda para amenizar o chamado sorriso gengival. Nos casos de sorriso gengival, o dente fica escondido por um periodonto volumoso demais, e isso pode ser corrigido pelo ACC. Essa é uma condição que deve ser avaliada criteriosamente, pois nem todos os casos de sorriso gengival podem ser corrigidos cirurgicamente.

É redundante lembrar que a cooperação do paciente é fundamental. Os cuidados de higiene devem ser mantidos rigorosamente, pois o sucesso da cirurgia, assim como de todo e qualquer tratamento periodontal, depende da manutenção da saúde da gengiva, sempre livre do acúmulo de placa.

*Cirurgiões Dentistas especialistas, que realizam reabilitações através de próteses dentais
**Cirurgiões Dentistas especialistas que tratam o canal radicular
***Cirurgiões Dentistas especialistas que corrigem o mal posicionamento dental através de aparelhos ortodônticos


Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.

Tratamento Periodontal

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Eu imagino que deve ser difícil para um paciente entender qual o valor de uma "limpeza", o tempo que se leva, demorar tantas consultas e ainda terminar em cirurgia!! Por isso esse "post" tem o intuito de instruir o paciente que necessita de tratamento periodontal.

Basicamente, tanto a gengivite como a periodontite são causadas pela presença de bactérias na superfície do dente. Logicamente, o tratamento é remover essas bactérias. A diferença é o quanto essa "limpeza" se aprofunda dentro da "fenda" entre a gengiva e o dente.

Nos casos de gengivite, as bactérias e o cálculo dental ficam depositados apenas na porção do dente que nós conseguimos ver, o que chamamos de supragengival (ou seja, acima da margem da gengiva). Na periodontite, os depositos de bactéria e cálculo ficam, geralmente, tanto supragengival como abaixo da margem da gengiva (subgengival) e por essa característica que temos tratamentos diferentes.

Para tratar a gengivite e remover os depósitos supragengivais, geralmente os Cirurgiões Dentistas indicam como tratamento um programa de educação e higiene dental, associado a profilaxia profissional. Esse programa inclui sessões onde o profissional fornece educação em saúde bucal, ensinando o paciente a higienizar a boca (escovar dentes, usar fio, limpar a língua), instruindo sobre condições de saúde geral e habitos como o fumo, e remove a placa e o cálculo supragengival utilizando aparelhos como ultrasson, jato de bicarbonato, escovinha acoplada a peça de mão e instrumentos de raspagem manual como curetas e foices. Além disso, o Cirurgião Dentista pode propor retornos para reforçar as instruções de higiene, avaliar a eficiência dos cuidados caseiros e fazer novas profilaxias quando necessário. É de suma importância cumprir a agenda determinada pelo Cirurgião Dentista para que a saúde seja monitorada de acordo com a necessidade.

Para tratar a periodontite o Cirurgião Dentista precisa de todas as estratégias do tratamento de gengivite e muito mais conhecimento técnico e habilidade. Os depósitos subgengivais se espalham pela superfície das raízes do dente e da mesma forma que os depósitos supragengivais, precisam ser removidos. O procedimento de remoção dos depósitos se chama raspagem e alisamento radicular e o número de sessões depende da severidade da doença e número de dentes afetados. A anatomia das raízes dentais nem sempre é favorável à raspagem e frequentemente o acesso é muito difícil. O Cirurgião Dentista precisa de muita habilidade para raspar e ainda assim alguns locais de alguns dentes não desinflamam e, eventualmente, uma cirurgia de acesso a essa raiz é necessária. Alguns dentes tem duas ou mais raizes e quando a perda óssea atinge essa porção entre as raízes chamamos de lesão de furca. Geralmente, as lesões de furca são as áreas que não respondem bem ao tratamento. E depende muito do grau de lesão para escolher o tratamento mais adequado, desde um simples acesso para visualizar a região até técnicas radicais como amputação de uma das raízes. Em casos extremos, a extração do dente pode ser indicada por já não ter mais suporte ósseo devido ao avanço da doença.

Baseados nos mesmos princípios de remoção dos depósitos bacterianos, existem vários métodos e técnicas para tratar periodontite. Eu não ficaria surpresa se um paciente fosse examinado por 5 dentistas e cada um deles apresentasse um planejamento diferente. A escolha do melhor tratamento depende muito do estado de saúde do paciente e da habilidade e experiencia de cada periodontista. A única coisa que não muda é a necessidade do paciente aderir ao tratamento proposto. Modificar o comportamento do paciente é muitas vezes o maior desafio para o Cirurgião Dentista, que precisa da cooperação do paciente para restabelecer a saúde periodontal. No dia-a-dia o paciente deve seguir as instruções do Cirurgião Dentista para evitar novas inflamações e permitir o reparo das áreas lesadas pela doença. Por isso, a adesão do paciente ao tratamento é o fator mais importante para o sucesso!


Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.

Meu dentista disse que eu tenho "perda óssea"!

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Alguns pacientes se apavoram ao ouvir a frase "você está com perda óssea". Outros nem se abalam, por não terem a menor noção do que essa frase quer dizer. Nesse "post" tentaremos esclarecer o real significado da expressão "perda óssea" tão usada pelos Cirurgiões Dentistas.

O dente fica inserido em uma cavidade ossea (chamada alvéolo) e preso ao osso por ligamentos fininhos. Logo acima desse osso fica a gengiva. Vamos lembrar de todo aquele processo de desenvolvimento da gengivite... Se as bactérias não forem removidas a irritação da gengiva não é cessada e pode progredir. Então imagine que a gengiva irritada, inflamada, vermelha, sangrante produz uma série de substâncias para eliminar as bactérias. Essas substâncias obviamente agridem as bactérias, mas também agridem o osso que fica abaixo da gengiva. O osso inflamado incia um processo de degradação que é mantido pela inflamação. Assim, o osso que sustenta o dente perde altura e o dente perde sua sustentação aumentando sua mobilidade. Em termos populares, o dente fica "mole" e isso é o que chamamos de perda óssea. Esse processo é acompanhado por sangramento espontaneo, ou durante a higiene e alimentação. Geralmente consegue-se perceber que a gengiva retrai, expondo a raiz do dente que não é vista em condições saudáveis. Os pacientes dizem que o dente "cresceu", porque com a perda em altura dessa cavidade óssea onde o dente se insere, juntamente com a mobilidade ocorre a saída parcial do dente do alvéolo e ainda a exposição da raiz do dente pela retração da gengiva. Esse é um quadro muito desagradável para os pacientes, além de comprometer a estética (imagine um dente mole, com gengiva inflamada, coberto de cálculo e placa bacteriana), o odor é horrivel, comprometendo também o convívio social!
Essa é uma condição indolor, a não ser que o paciente seja alertado por algum amigo ou parente sobre seu mal-hálito, ou que o Cirurgião Dentista dê o diagnóstico, dificilmente esse paciente se queixará antes de perder um dente por falta de suporte ósseo!

Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Trabalho premiado no CIOSP - Centenário da APCD

Com muita alegria, compartilho com os leitores do Blog:

http://www.odonto1.com/noticia.asp?id=469

Obrigada aos colaboradores do trabalho (Lívia S Pugliese, Ana Carolina Monteiro, Raphael G Fonseca, Carla Cristina Squaiella, Ieda Longo-Maugéri, José Daniel Lopes, Suzana M Oliveira), obrigada ao Prof João Bosco Pesquero! Obrigada a todos que contribuiram de alguma forma!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Terapia Periodontal de Suporte (TPS) - Manutenção de Saúde

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O tratamento das doenças periodontais é feito em etapas, sendo a primeira delas a chamada "terapia básica" e a última é a "terapia periodontal de suporte". A terapia básica engloba a instrução de higiene bucal e correção de hábitos indesejáveis, remoção do cálculo dental, polimento do dente, remoção de fatores que favorecem o acúmulo de placa e ajuste da mordida. Nessa etapa, o Cirurgião Dentista pode ainda conscientizar o paciente da sua responsabilidade em manter os dentes limpos, se comprometendo com a higiene. Depois de concluida a etapa básica, eventualmente podem ser necessárias sessões complementares de raspagem ou mesmo cirurgias para acesso às raízes ou para correção de defeitos gengivais, essa é a chamada "terapia cirúrgica". A terapia periodontal de suporte (TPS) é a etapa onde o objetivo é MANTER SAÚDE. Essa é a etapa na qual o paciente é monitorado e orientado periodicamente. Caso algum local apresente nova inflamação, o diagnóstico precoce feito na TPS e a rápida intervenção impede progressão de bolsas e perda óssea. A forma como a TPS é conduzida varia muito de profissional para profissional, mas geralmente é feito novo exame, remoção de cálculo e placa e reforço das orientações de higiene. Se necessário, pode ser retomada a terapia básica ou mesmo indicar a terapia cirúrgica. A periodicidade também varia, de acordo com a necessidade, pode ser mensal, bimestral, trimestral, semestral ou até mesmo anual. Isso depende de alguns fatores, como dignóstico inicial e comprometimento do paciente com a higiene. O paciente em TPS pode realizar tratamento ortodôntico, implantes, reabilitações protéticas e tratamento estéticos diversos. Dessa forma, a TPS permite que a doença periodontal seja controlada, evitando assim progressão das perdas ósseas e novas perdas dentais!

Na Odontologia, em todas as suas áreas (especialidades), existem inúmeras técnicas de tratamento que podem ser indicadas para o mesmo caso dependendo tão somente das condições de saúde bucal do paciente, diagnóstico do profissional e técnicas com que o mesmo trabalha.